Por: Silvia Morais - Foto: Aline Pereira/ TV Câmara
A Comissão Especial de Estudos de Saúde Mental e Prevenção ao Suicídio realizou reunião de forma remota na tarde desta quarta-feira, 30 de setembro, e ouviu os especialistas, Marina Lemos Silveira Freitas, coordenadora do SINN (Programa Escolar de Prevenção do Comportamento Suicida), Alexandre Firmo dos Santos Cruz, médico psiquiatra, e Gabriel Elias Correia, médico psiquiatra, especialista em Emergências Psiquiátricas.
Durante a exposição dos médicos, foi alertado o aumento no caso de suicídios no município e a necessidade de aumentar leitos de enfermaria em hospitais especializados em saúde mental.
A prevenção e acompanhamento também foram colocados como fundamental para a diminuição dessa triste estatística no município.
No ponto de vista prático o município precisa que ambulatórios de saúde mental tenham contratação de psicólogos e psiquiatras, que o paciente assistido pela rede pública tenha a opção de terapia individual ou em grupo, o que não ocorre no momento. Quanto a internação, ela é necessária, desde que seja realizada em locais especializados com profissionais capacitados.
Algumas falhas no sistema utilizado para a regulação de serviços foram apontadas por Firmo. E afirmou ainda que tem de ser repensado o sistema de regulação de vagas.
Uma apresentação com dados sobre o suicídio foi realizada por Gabriel, mostrando as taxas de suicídio e o crescimento na faixa etária dos 15 aos 24 anos, sendo a 3ª causa de mortalidade entre os 15 e 35 anos. O número de tentativas de suicídio chega a ser 40 vezes maior que o do suicídio completo.
Apontado como uma ferramenta estratégica, o acolhimento ao paciente e a percepção do cuidado recebido, assim como a continuidade do tratamento pelo paciente.
Encerrando a reunião, o presidente ressaltou que o objetivo desta CEE é que a cidade aprimore o atendimento na área da saúde mental, e dessa forma diminuindo as taxas de suicídio.
